sexta-feira, 26 de julho de 2013

Centopeia enlouquecida

Faltam 90 dias! Estou alternando entre noites em que não durmo e noites que desfaleço ao colocar a cabeça no travesseiro. Minha preocupação neste momento é encontrar um sapato para o casamento. Não vou dar detalhes, porque o Wagner sempre lê os posts então, né? Surpresa! Mas estou olhando muitas fotos e tentando decidir se uso o branco tradicional ou algo diferente. 

Confesso não estou muito para o lado do sapato branco. Estou bem mais encantada pelas ideias diferentes e como tem coisa linda que combina. Antes, quando eu nem era noiva, sonhava com um sapato branco. Não abriria mão por nada. Mas agora que está na minha vez resolvi que iria abrir a cabeça para as novas opções. Comecei a refletir também que depois um sapato branco não é muito reutilizável. Afinal, se você usar durante o dia vão achar que você saiu de um consultório e não trocou o sapato, ou quem te conhece e sabe que você casou há alguns meses vai dizer: "Ah, a Emanuelle tá usando o sapato branco do casamento". mesmo que seja outro! Não. 

Porém, como eu sou uma noiva enlouquecida, corre o grande risco de eu mudar inteiramente de ideia e usar um lindo sapatinho branco!



Bom outra questão que vejo muitas noivas discutindo é sobre o salto. Eu não abro mão de um belo salto bem alto! Eu vou pra balada de saltão e me aguento a noite inteira, vou para o trabalho de saltão e há pouco tempo que comecei a usar sapatilhas. Tênis só para praticar exercícios, agora que estou usando porque inventaram esse sneakers que tem um salto por dentro. Ora, no meu casamento o que faz sentido? Eu de saltão :)

Tem também a questão da altura. Eu tenho 1,60. O Wagner tem 1,85. Até ele estranha quando eu uso salto baixo, porque ele percebe como eu sou baixinha. Ou seja, um salto 15 é tranquilo e eu ainda fico menor que ele. Mas não sei se usarei essa altura toda, porque as pernas podem ficar bambas na hora e estremecer a estrutura. As pernas são fortes mas as emoções são mais. Cair não, ne? Por favor!

Quero encontrar um sapato de salto com meia pata, que para mim é sinônimo de segurança e conforto. Porém a meia pata não é algo fino ou delicado. Então estou olhando bem, algumas são disfarçadinhas no feitio do sapato. Também não sei se escolho um peep toe (aqueles com furinho para o dedo) ou fechado. Isso acho que vou decidir dependendo do modelo. Há também a opção de uma sandália mais aberta, mas talvez seja mais desconfortável.

Passando para a parte da festa com certeza eu vou estar morta de dor no pé na metade dela. Para isso estou pensando em um outro sapato mas que só vai para os meus pés quando todo mundo já estiver bem feliz, dançando e festando com a luz apagada! E não é sapatilha, é um de salto baixo, porque eu nunca desço do salto!

Como sempre sonhei em me casar, muitas vezes olhei vitrines e pensei: "Quando casar quero usar um sapato assim" e hoje eu nem me lembro que modelos eram os que eu sonhei calçar. Sempre fui meio a irmã da Cinderela, porque minha mãe calça 33, tem um pézinho todo fofo, e os meus feios e quadrados pés nº 37 não entram nos sapatos dela, então nunca peguei nada emprestado. 

Quando fui daminha (você pode conferir esta história aqui) ela comprou um sapato lindo, com strass, de salto fino e eu pedi para ela me emprestar quando eu fosse adulta. Ela respondeu: "Filha eu te empresto, sim, mas se com 6 anos tu já calças 33, acho que quando tu fores adulta não vai mais servir". É a minha primeira lembrança de uma "paixão por sapato" porque na mesma época eu também me apaixonei pelo sapatinho que usei de daminha.


Paixão por sapato é outra história que não cabe aqui, mas minha madrinha, que está no Rio na Jornada Mundial da Juventude, chama minha mãe e eu de centopeias de tantos pares de sapatos que temos. Não importa, para mim, ainda não é o suficiente, mas tudo bem. Neste momento é como se eu realmente fosse uma centopeia enlouquecida com tantas opções de sapato para escolher!

O próximo passo agora é encontrar o sapatinho da nova Cinderela do momento (eu)! Preciso comprar para provar o vestido! Então estamos nos organizando para tirar um dia para isso. E quando comprar conto como foi a loucura! Afinal, o sapato que usarei no tapete vermelho, a caminho altar para o primeiro dia do resto da minha vida, precisa ser tão especial quanto o noivo!

Beijos, 
Manu

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Louca até adormecida




Sempre fui de sonhar. Dormindo e acordada. Talvez mais dormindo do que acordada. Sou aquele tipo de pessoa que tem sonhos sem pé nem cabeça! A pessoa de repente some, e é outra pessoa, outro corpo e outra voz, mas continua sendo a primeira em essência. E ainda, às vezes, uma pessoa se torna quatro, cinco. Ou então eu estou em um lugar e vou me transportando para outro sem sair do lugar. Pesadelos? Os piores! Aqueles de morrer, de afogar, de sufocar, de ficar imóvel, de monstro, de fantasma e solidão.

Os sonhos sempre foram enlouquecidos, mas agora são sonhos de noiva enlouquecida. Que desespero! Tenho tido sonhos frequentes sobre o dia do casamento e é claro que a maioria é um problema a ser resolvido, ou vários. Quem me conhece sabe que tenho e conto meus sonhos loucos com detalhes então vamos lá, compartilhar com vocês do blog também.

No primeiro sonho eu estava acordando e pensando que já era o grande dia e eu não tinha vestido de noiva, nem reservado salão. Daí fui correndo na cabeleireira ver se ela me encaixava. Implorei mas consegui. O sonho não fazia sentido nenhum, porque os lugares eram todos trocados da realidade e eu não tinha resolvido o problema do vestido. Estava muito cabreira com a cabeleireira! 

Depois eu sonhei que estava tudo pronto mas não tínhamos contratado decoração para a festa e para a igreja. Surtei! Neste sonho eu já estava no salão fazendo o cabelo e perguntava para a minha mãe como aquilo poderia ter acontecido. Estressadíssima!

No sonho mais maluco de todos eu tinha saído escondida para ir no morro comprar drogas no dia do casamento! Gente eu não uso nada de drogas! Devo ter visto algum filme ou algo na TV, só pode! Sei que bem nesse dia a polícia estava fazendo blitz e eu fiz um esquema para não ser pega e eu nem tinha comprado nada ainda! Sei que fui parar na praia, a maré subiu e eu fiquei ilhada numa pedra, numa rocha enorme que a onda vinha e batia muito forte em mim. Bom, dois surfistas me salvaram e eu cheguei em casa à noite, toda suja e com frio, mas a tempo de tomar um café antes de ir pro casório. Normal, né?

Bom, nos últimos sonhos eu tenho me visto em vestidos de noiva meio estranhos e sem ter decidido nada sobre a cerimônia religiosa. Vestido com forro alaranjado, ou uma calcinha que marca no vestido, detalhes que de cima do altar eu mandava alguém em casa buscar alguma coisa que estava faltando, que a decoração era horrível, que a comida estava ruim e até sonhei que eu estava entrando na igreja e não sabia que musica iria tocar! Sonhei que me vesti na sacristia da igreja e que também fiquei esperando o noivo chegar, que ele estava atrasado (esse foi quase um pesadelo)!

Acredito que tudo isso acontece por estou muito ansiosa. Já sonhei com presente, passado e futuro, já sonhei coisas que aconteceram e sonhei com pessoas da família que já morreram e vieram conversar comigo (meio que um "dom" herdado da família da minha mãe). Sonho para mim é coisa séria e sempre que encontro uma matéria sobre leio tudinho para tentar entender o que acontece dentro da minha cabeça. Tão sério que se sonho com cachorro, já falo pro meu pai jogar no bixo (não usamos drogas, mas somos contraventores)!

Ou seja, faltam 93 dias e eu sonho cada vez mais com o Grande, mas na maioria das vezes algo dá errado, aliás, quase tudo dá errado. Detalhe é que eu não vi o Wagner ainda nos meus sonhos loucos. Acho que talvez porque ele me ajuda a resolver todos os problemas e está super envolvido na organização. Então, como a mente preocupada fica sonhando com os possíveis problemas, ela tira ele dos sonhos porque se ele estiver lá ele vai resolver tudo! Essa minha cabeça... 

Mas faz sentido, a noiva enlouquecida precisa de um noivo esclarecido. Os sonhos que tenho dormindo estão formando o sonho que vou realizar acordada. Se o Wagner não aparece no sonho como ele vai se realizar? Deixa para realizar acordada!



E você, o que anda sonhando?

Um beijo, 
Manu

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Quando casar sara. Será?

Quando era criança, sempre que algo de menor importância acontecia, um joelho ralado, uma dor do crescimento e que eu, como criança, fazia daquilo um grande acontecimento, ouvia dizer de todo o lado: "Quando casar sara". E vamos crescendo ouvindo essa resposta para aqueles problemas que para os outros são pequenos mas para nós são faraônicos, quando casar sara, quando casar sara, quando casar sara.

Isso nos leva a pensar que o casamento vai resolver todos os nossos problemas, não é? Depois chega a fase em que encalhamos e quando alguém diz, já ironicamente que "quando casar sara", pensamos que coitadas de nós, nunca vamos casar, nunca vamos curar! Ó céus! Ou quando o relacionamento já tem anos e anos e o casamento não sai? E hoje eu estou quase na porta da igreja e lembrei dessa frase que tanto ouvi a vida inteira e já disse também.

Virou tirinha:

A: Droga, machuquei meu dedo
B: Liga não, quando casar sara.
- 30 anos depois...
B: Ô amigo, como é que vai?
A: Ah, tirando a dor no dedo, o resto vai bem.


E até propaganda de curativo:



Comecei a pensar na possibilidade de o casamento, o sacramento na igreja, pudesse ser uma bênção, algo místico que poderia sarar muitas coisas da minha vida. E tentei lembrar que coisas eu gostaria de sarar. E aí eu percebi que eu estou tão preocupada com o casamento que não tem nada para sarar. Ou seja, a vida é nova e tudo aquilo que ficou no passado é só lembrança, memória em sépia guardada em algum lugar. 

Talvez dizer que "quando casar sara" seja uma maneira de nos dizer que o tempo vai passar e curar as feridas, as dores. Que quando chegarmos na vida adulta, os problemas serão outros e nem lembraremos daquele sofrimento. Na verdade o tempo vai deixando o passado para lá e se você não fizer questão de lembrar, esquece. Temos lembranças boas e ruins, momentos memoráveis e eternos e aqueles que gostaríamos que não tivessem acontecido, mas marcaram de uma maneira ruim.

E o problema que vejo nesse ditado, é que muita gente não casa. Por vários motivos, pode ser porque não acredita no casamento, porque é solteiro convicto, por que não encontrou um amor que valha a pena ou porque não deu certo de encontrar alguém que quisesse dividir as escovas dente, ou ainda por gostar da solidão. E quem não casa, tem dores que nunca vão sarar? Claro que não! Cura sim!

E sabe quem cura? O tempo! O tempo que às vezes é nosso inimigo, nosso amigo, nosso tão inseparável tempo. Pedimos para que ele pare, para que passe depressa, queremos dias mais longos ou noites mais curtas, tempo para aproveitar a vida, tempo para ser feliz. Mas no fundo sabemos que não podemos controlar o tempo. Então só nos resta aprender a lidar com ele, afinal agora é a hora de ser feliz. Agora é a hora de sorrir, mesmo que os problemas estejam latejando. "Dê tempo ao tempo" que o cenário muda, a estação passa, o vento sopra e o mundo gira! A vida é movimento!

A vida é feita de perdas e ganhos, lutas e guerras, internas e externas e acredito que nossas maiores dificuldades são aquelas em que precisamos lutar contra nossa própria mente ou nosso próprio coração. E por isso, talvez o "casar sara" seja uma maneira de dizer também "esquece, exitem coisas boas por vir" e eu concordo que preparar o casamento é uma experiência única! Consome os meus pensamentos e sonhos!

Escolher os detalhes, convidar os padrinhos, pensar nas músicas, sonhar dormindo e acordada com o grande dia. Meu amor e eu ficamos conversando sobre tanta coisa que às vezes falta tempo para contar as novidades. São pendências, compromissos e tanto a pensar que casar realmente sarou muitas das minhas preocupações bobas e dissolveu lembranças ruins do passado. O amor preenche todos os espaços da minha vida e só tenho recebido carinho de todos que encontro. Quanto mais amo, mais sou amada e isso pode curar tudo o que podia estar errado antes e que agora, não faz nem mais sentido.

Se alguém tiver um problema e você quiser brincar e dizer "quando casar sara", lembre de dizer que é porque o amor e o tempo juntos podem resolver muitos problemas.

Beijos,
Manu

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sobre colchas e chás




O chá de maçã com canela e laranja descia doce e morninho pela minha língua e eu sabia que o Wagner e a Tia Teresinha (Teca) também sentiam o mesmo. Sentados na mesa, após o convite para ela e o marido, Tio Vilson, serem nossos padrinhos de casamento, conversávamos sobre a vida. Conversa essa que vou lembrar para sempre.

Meu amor também percebeu que quando falamos do convite os olhos dela se encheram de brilho, de lágrima, talvez. Falei que ela era muito importante para mim, devido ela ter sido minha professora da primeira série e pelas tardes que passei na casa dela, alguns anos depois tentando (até hoje em vão) aprender a tabuada, com a Ariadne, minha prima. 

A tia foi falando que nunca deu conta de mim. Que enquanto as crianças faziam a frase "A boneca é bonita" eu escrevia "A boneca é bonita e veste um lindo vestido rosa". E acho que até hoje sou assim. Jornalismo pede habilidades de resumo e eu preciso treinar bastante. Ela falou que leu o blog, afinal é sogra da nossa fotógrafa a Elaine Freitas, que está sempre por aqui e adorou o texto que fiz falando sobre a tia Arlete, sem se surpreender com o fato de até hoje eu escrever. Sempre escrevo coisa de mais, mas porque para mim, detalhes são muito importantes. 

Detalhe de como se faz o chá de maçã, por exemplo, colocando a maçã para ferver, junto com suco de laranja e canela em pau. Sem açúcar, todos bebemos aquele chazinho no frio da noite, falando sobre colchas de retalho e computadores, sobre como o mundo muda e a nossa vida muda de acordo com o mundo. E o que seria o mundo se não uma imensa colcha de retalhos? Eu sou um pedaço, você é outro e juntos, diferentes vamos levando, montando o que no mundo há. Mas um retalho se junta ao outro, sempre, por uma linha de uma mesma cor: o amor.

Aprendi naquela noite, como fazer o feijão não inchar, deixando-o de molho da noite para o dia. Ou então a cozinhar o ovo aberto em água na frigideira, como uma alternativa a minha dificuldade de comer um delicioso ovo frito. Conversamos sobre como a vida passa rápido e as coisas mudam. As pessoas vêm e vão, as vozes ecoam e emudecem. E a casa fica. O lar fica. O amor fica. A saudade fica.

E aprendemos também que leite azedo se joga fora, pois quanto mais leite mais queijo. Na verdade o leite azedo são as brigas, e quando há desarmonia, temos que esquecer, porque quanto mais mágoa, menos perdão. Que o casal, por mais que o tempo passe, precisa se ajudar, porque a maior parte da vida é trabalho e suor. É correria com filhos e preocupação com o futuro, mas depois a recompensa vem. A tranquilidade vem. A experiência vem. 

Passamos mais tempo do que o planejado, mas a conversa estava boa, amena, sincera, franca. Falar da realidade, do passado, de tantas coisas que vivi, me inspirou a escrever cada vez mais. É escrevendo que me sinto bem. Lendo. Mais do que falando, mais do que dançando ou cantando. Escrever sempre me mostrou caminhos, acalmou meu coração. Escrever me deu muitas vezes papel para secar as lágrimas. Escrever sempre me fez pensar. Hoje, não metaforicamente, hoje de "no dia de hoje", senti que poderia e precisava escrever mais. Afinal, sempre foi isto que fiz. Sempre foi isto que fui. Sempre fui isto que sou.




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Um beijo,
Manu

terça-feira, 9 de julho de 2013

Loucuras na cozinha

Na última semana a noiva enlouquecida apresentou um artigo científico e teve momentos lucidez. Afinal, uma responsabilidade a menos no meio tanta coisa que temos para fazer até o casamento é um presente, menos muitos quilos! O detalhe é que não dormi nada na véspera e estava pilhadíssima mesmo depois de tirar A. Custei a sair da ansiedade. No fim as coisas todas vão acumulando e você nem sabe mais porque está tensa

Bom, meu artigo é uma adaptação da minha mono e em ambos eu analiso a imagem da personagem Lobo Mau, no filme Deu a Louca na Chapeuzinho, em que ele é um jornalista, como eu, e as possíveis consequências desta representação em relação a Teoria do Imaginário.

Meu querido, Lobo Mau, que há anos não me sai da cabeça!


Com toda essa história de Lobo Mau, Chapeuzinho, roubo de doces na floresta e estresse, decidi que quando chegasse em casa não resistiria ao meu corpo e cairia na cama, mas iria fazer algo útil e relaxante como: cozinhar! A ideia era fazer um cupcake doce, de brigadeiro, ou algo assim (fiz um de doce de figo com nozes, que ficou uma delícia!), mas perguntei pro meu noivo, o Wagner, o sabor que ele queria e ele queria mortadela! Afinal, melhor não discordar do ditado que "homem se fisga pela barriga" e continuar agradando o amor... 

Peguei minha receita básica, lembrei que tinha tudo em casa, e ao sair do trabalho passei no supermercado para comprar os recheios. Chegando lá na sessão de frios vi uma mortadela de frango sem gordura que já vinha processada com cebolinha e tomate seco e pensei: deve ser bom e o sabor bem temperado, como ele gosta! Do lado tinha um patê de frango com ervas finas e achei que daria uma ótima cobertura, para substituir o creamcheese ou a maionese. Pensando nisso, lembrei que o recheio precisa de algo para ficar molhadinho, então fui lá nos requeijões e encontrei um cremoso que pela textura ficaria mais consistente depois de assado.

Cheguei em casa, olhei para a cama dez vezes e fui para a cozinha relaxar! Mão na massa! Aliás, massa na batedeira! Eu asso os cupcakes em uma maquininha chamada Cupcake Maker, que é da minha mãe, mas eu uso mais do que ela. É quase como cuidar de uma sanduicheira e as formas são para mini cupcakes. 

Vamos para a receita!

Massa básica 
. 4 ovos  
. 1/2 xícara (chá) de leite  
. 1/2 xícara (chá) de óleo  
. 1 colher (chá) de sal  
. 1 colher (sopa) de fermento em pó  
. 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 

Recheio
1/2 pacote de mortadela de frango com cebolinha e tomate seco (cortar em cubinhos)
1/2 pacote de requeijão cremoso

Cobertura
1 pacote pequeno de patê de frango com ervas finas (se quiser mais cobertura são 2, ou substitua por creamcheese ou maionese)
1 vidro médio de azeitonas sem caroço recheadas com pimentão (fatiar em 3 partes)

Modo de fazer
1. Na batedeira, coloque os ovos, o leite, o óleo, o sal e o fermento. Acrescente a farinha aos poucos enquanto bate. 

2. Se for usar a forma de aço: Coloque as forminhas de papel dentro das fôrmas de aço e acrescente 1 colher (sopa) da massa. Se desejar, sobre a massa, já na forma de papel que deve estar dentro da de aço, salpique a pimenta.

2.1 Se for usar a Cupcake Maker: coloque a massa diretamente nas cavidades, pois o óleo não deixa grudar. Eu não uso pimenta, apenas coloco mais sal na massa.

3. Coloque uma colher de chá de requeijão cremoso e alguns cubinhos de mortadela sobre a massa.

4. Cubra o recheio com 1 colher (sopa) de massa. 

5. Leve ao forno para assar. 

6. Espere esfriar um pouco e cubra os cupcakes com o patê. Se desejar, coloque azeitonas para decorar.

7. Delicie-se!





Bom, meu cupcake não cresce como eu gostaria, sejamos honestos. Ainda deixo a desejar neste quesito e eles acabam ficando meio branquinhos porque não chegam até a parte de cima da cupcake maker. Também uso menos massa para render mais, então pode ser por isso que não cresce tanto. 

O que importa é que eu vi, pela primeira vez todo mundo experimentar meu cupcake e não fazer nenhuma observação do tipo: está sem sal, está com muito sal ou está muito doce, está melado demais, etc. Meu amor sempre elogia meus pratos, meus pais sempre são mais críticos, mas fiquei feliz porque do fundo do meu cansaço eu consegui extrair algo tão bom que fez todos sorrirem

Bom, fome meu marido não vai passar! Modéstia a parte, ficou muito gostoso mesmo! Os ingredientes não eram básicos, tinham um "Q" a mais e isso fez a diferença, que no final era muito simples. Não foi nada muito caro, fora do preço básico das coisas. 

Me fez pensar que na vida também é assim. Eu poderia ter ido dormir, descansar  a minha mente cansada e o meu corpo tenso, mas resolvi canalizar aquilo para algo produtivo (e engordante) e deu mais que certo. E fez muito bem para a minha alma. Às vezes, antes de enlouquecer de vez, é preciso pensar melhor e ver por onde podemos cometer pequenas loucurinhas.

Aqui vão algumas fotos de outras artes:

Cupcake de chocolate com cobertura de brigadeiro

Cupcake de limão e baunilha. Cobertura de chantilly de coco e raspas de limão

Cupcake recheado de queijo e presunto com catupiry de azeitonas pretas.
Cobertura de creamcheese e salsa!


E você tem alguma receita para compartilhar? Deixe sua receita abaixo ou a sua loucurinha!

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Um beijo,
Manu


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Almas que se encontram

Tem momentos em nossa vida que pequenos detalhes fazem toda a diferença. Ficamos nos preocupando e nos estressando com decoração, comes e bebes, música e tantas outras coisas que agora me parecem superficiais na preparação do nosso casamento. Afinal, celebraremos a união das nossas almas e o que mais pode ser tão sublime quanto isso? Bem, tem algo que é tão sublime assim: ver a alegria nos olhos dos nossos padrinhos e madrinhas ao receberem  nosso Save the Date.
A escolha dos padrinhos foi algo muito fácil e muito difícil. Tinha muita gente extremamente envolvida na nossa história que seria impossível deixar de convidar. Familiares próximos, amigos íntimos, gente que colocou a mão na massa, literalmente, para construir a nossa casa, pessoas que fazem parte do que somos hoje. Daí somamos tudo e resultou em 25 casais, ou seja 50 padrinhos. Um belo ponto para uma noiva enlouquecida. Mas aí já era noiva enlouquecida, noivo enlouquecido, mãe enlouquecida e cerimonialista assustada quando contamos! Mas já está tudo resolvido. Não vamos deixar ninguém que queremos de fora e na Igreja teremos um esquema tático para não demorar muito nas assinaturas (segredinho). 

Então fizemos os Save the Date para convidar os padrinhos e madrinhas. A foto tem um imã na parte de trás, então pode ser fixado em um mural, na geladeira ou algum outro lugar. Quem fez foi a nossa fotógrafa a Elaine Freitas. Começamos a entregar e perceber que as pessoas ficavam felizes e às vezes surpresas com o convite. Em cada casa um momento de conversa, de descontração e assim estamos indo, sendo que ainda faltam alguns muitos pré convites.

Mas um convite foi especial, muito especial. A tia Arlete foi a madrinha mais emocionada. Chegamos lá e pedimos pro meu pai ligar para ela, pedindo para abrir o portão. A surpresa já começou aí porque ele disse que estava na frente da casa, mas quem estava, na verdade, era o Wagner e eu. Ela viu o convite nas nossas mãos e, criativa como é, pensou que iríamos pedir alguma dica, ideia, algo para o casamento, que ela já se prontificou a ajudar várias vezes. 

A tia Arlete é uma daquelas pessoas que todo mundo gosta de ter por perto. Quanto eu era criança ficava muito com ela, peguei gosto por maquiagem, esmaltes e artesanato. Meus pais às vezes me chamam de Arlete, porque temos manias e hábitos parecidos. Levei as alianças do casamento dela, quando tinha seis anos e dois dentes da frente faltando. Para mim foi um momento mágico, usei um vestido pérola com azul marinho e um sapatinho de boneca azul marinho. A música da entrada das alianças foi a  Oração da Família, do Pe. Zezinho, e meu par foi meu primo, Manoel Luiz, que hoje depois de servir a Pátria na pacificação do Morro do Alemão (RJ) e ser um Boina Azul no Haiti, está se preparando para ser pai (e não gosta dessa foto porque também estava sem dois dentes! hahaha Nem ligo!). 


Confesso, que nas minhas lembranças era mais linda que nessa foto, mas tudo bem. Neste dia, descobri que tinha alergia ao peixe cação, fiquei cheia de bolhas e coçando por dias! 

Mas, voltando ao assunto, a tia Arlete não esperava que fossemos convidá-la para ser madrinha. "É sério? Eu não acredito! Como eu estou feliz, não esperava isso de vocês. Esperava tudo, menos que vocês me convidassem para ser madrinha!", com lágrimas nos olhos, ela nos abraçou e desejou a bênção e a presença do Espírito Santo na  nossa vida. O vinho que ela queria abrir ficou para outra oportunidade, porque ainda era quinta, e precisávamos viajar cedo, sexta de manhã.

Nem nós estávamos esperando tanta comoção. Fiquei pensando em como um simples agradecimento pela importância que a pessoa tem na nossa vida, um convite para ser madrinha de casamento, pode ser tão especial para alguém. Porque nos preocupamos tanto em fazer do melhor para receber nossos convidados, quando na verdade o essencial é o relacionamento que temos com eles, cada conversa, cada risada, os momentos que nos vão fazer felizes. Quem já casou pode dizer, mas estou começando a perceber como cada conversa com essas pessoas tem sido importante.

Um diz que a vida começa difícil, que depois as coisas se ajeitam. O outro fala da importância de ter uma família em que um ajuda o outro. Depois chega alguém que planta sorrisos no seu coração. E por mais que em algum momento aquela dúvida, aquele medo de o mundo nos sufocar com as cobranças da vida, as palavras que nos fortalecem surgem da memória e ajudam a nos acalmar. Tenho certeza que estamos convidando padrinhos e madrinhas que terão uma palavra certa, sempre que a gente precisar. Almas que se encontram nos momentos certos, que nos ajudam a seguir em frente, percebendo a grandeza de Deus em nossas vidas. 

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Beijos,
Manu