Casamento de novela que fica na memória é sempre aquele que tem confusão. Na maioria das vezes quando o padre diz "se alguém tiver algo contra este casamento fale agora ou cale-se para sempre". Nos últimos casamentos que eu fui percebi que a frase não foi dita, afinal os proclames atualmente têm essa função, sendo que um mês antes a sociedade sabe que os pombinhos pretendem se unir.
Confesso que isso me alivia, afinal seria terrível uma coisa assim acontecer. Ninguém nunca mais esqueceria o fato típico de festa junina, em que uma mulher entra com 5 filhos, dizendo que é casada com o noivo ou um rapaz rouba a noiva (que estaria casando por conveniência) do altar! Essas histórias hoje não acontecem mais, porque nossa cultura mudou e casa quem quer, quem pode e quem se ama.
Esta semana demos entrada no pedido de casamento no cartório. Gostaríamos de fazer o casamento civil junto à cerimônia religiosa mas, devido ao nosso endereço, a jurisdição do cartório não cobre a região da igreja que escolhemos e teríamos que pagar duas vezes para isso. Bom, decidimos pelo mais prático e barato, e colocamos mais um evento na agenda: casamento civil no dia 25 de outubro!
Agora temos mais uma roupa para escolher, mais um penteado para definir e mais uma contagem regressiva. Faltam 34 e 35 dias para os nossos casamentos. Defini que vou contar os dias só para o religioso porque é mais romântico e especial. Também porque terá a festa e a participação da família.
O que eu não esperava era sentir a emoção que tive naquele espaço frio do cartório. Uma digital no sensor, uma foto de webcam, várias assinaturas e a decisão de me chamar Emanuelle Querino Alves de Aviz. Ao chegar no carro o Wagner e eu nos beijamos e foi inevitável chorar. Ali ao meu lado o meu grande amigo, meu grande amor, meu futuro marido. Alguém com quem eu nunca imaginei ser possível viver uma história de amor feliz, nem ao menos que iria ter a oportunidade de viver a vida toda ao lado dele.
Em nosso primeiro beijo, de olhos fechados, rodeada por várias pessoas desconhecidas naquela festa no Chalé 4, pensei "eu poderia beijar essa boca para sempre" e a sentença se tornou realidade. No dia 3 (ou 4 como o Wagner prefere, pois já tinha passado da meia noite) de novembro, completaremos 6 anos deste dia inesquecível. Nos 10 anos que nos conhecemos passamos por histórias dignas de se tornar trama de novela. Mas agora chegamos ao começo do final feliz e do felizes para sempre.
Gosto de dizer que já vivemos o nosso "feliz para sempre" pois nossa eternidade é agora e precisamos aproveitar ao máximo cada instante de amor, cada carinho, cada beijo e cada olhar, como se fosse o primeiro. Aquele momento de eternidade se unirá as nossas melhores lembranças, inclusive a desta semana no cartório, em que aprendi que apesar de todas as dificuldades a vida nos surpreende com presentes que Deus nos dá, muito mais perfeitos do que um dia imaginamos.
Se, em um de nossos casamentos, for perguntado se alguém falará agora ou calará para sempre, tenho certeza que o silêncio vai predominar e a soberania do amor vencer. Mais uma vez. Mas... Sinceramente? Prefiro que a pergunta nem seja feita!
Quero que o nosso casamento seja inesquecível pela felicidade que todos irão sentir através do nosso amor! Como o mais tradicional capítulo final de novela, em que o último capítulo será apenas o primeiro!
Quero que o nosso casamento seja inesquecível pela felicidade que todos irão sentir através do nosso amor! Como o mais tradicional capítulo final de novela, em que o último capítulo será apenas o primeiro!
Um beijo,
Manu
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