quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Loucurinhas para o futuro!

Sou casada! A noiva enlouquecida finalmente teve o seu grande dia! A última semana antes do casamento foi tão agitada e ocupada que os textos foram ficando de lado, mas as emoções dominaram o tempo todo. Estou com o coração cheio de palavras para descrever tudo o que aconteceu nos dias que antecederam e sucederam o casamento e acho que posso escrever uns 30 textos só sobre a cerimônia (brincadeira, mas uns 5 acho que rola).

Gostaria de agradecer a todos que acompanharam o blog desde o começo, desde a metade ou que está conhecendo agora. Foi muito importante para mim compartilhar sentimentos, frustrações, felicidades e principalmente a ansiedade. Afinal, por mais que todo mundo diga que tudo vai dar certo e até mesmo você tente dizer para si mesma, o bichinho da ansiedade corre pelo meu corpo me deixando tensa. 

Quero contar que eu gostaria muito de falar para vocês sobre todos os detalhes que estou louca para escrever, mas a Noiva Enlouquecida está se tornando um livro e não teria graça se não tivesse textos inéditos, estes que vão dar fim à história. Inclusive terá o olhar do noivo lúcido que escreve muito bem e não consegui convencê-lo a postar durante este ano. Agora eu acho que vou conseguir!

Decidi escrever e publicar porque além de um passatempo e necessidade, também é minha profissão. E nada melhor do que se trabalhar com o que gostamos! A experiência foi muito positiva e levar além disso será um grande passo para mim. Claro que agora preciso de algo para me estressar, já que o casamento passou, ne? Com qual motivo eu vou fazer massagens? Já que me suspenderam de qualquer tipo de aula que eu queria fazer para eu não me incomodar com compromissos (e eu ainda tenho o meu artigo para fazer), então vamos escrever de casamento!

Já estou entrando em contato com uma editora para enviar o material e já deixo o espaço para possíveis patrocinadores, é claro, preferencialmente do segmento de casamentos. Durante este caminho e as 24 postagens, ficava muito feliz a cada pessoa que vinha me chamar de noiva enlouquecida na rua, no Facebook, ou que falava com amigos meus sobre o blog: "Ah, você conhece a noiva enlouquecida? Que legal!". Por mais que pareça estranho, não tenho palavras (!) para agradecer a todos que me acompanharam, além de um imenso MUITO OBRIGADA!

Aqui ainda não é o momento de fazer os agradecimentos específicos a todas as pessoas importantes e especiais, afinal Agradecimentos em livro é para isso e eu quero preparar este espaço com muito carinho. A gratidão é a recompensa que podemos oferecer sem perder nada e ainda crescemos de coração

Posso adiantar que para as impressoras rodarem ainda falta muito tempo e dinheiro! Mas se não der certo, o material vem todo aqui, free! Também penso em disponibilizar em e-book, mas essa é uma conversa para o futuro. Quero que fique um gostinho de suspense, então fiz uma breve lista de temas a serem escritos:

- semana de "folga" antes do casamento
- despedida de solteira
- casamento civil
- dia da noiva
- hora de se arrumar
- entrando na igreja
- ouvindo o padre
- alianças e sim
- festa
- pós festa
- Lua de Mel
- arrumação da casa
- Esposa Enlouquecida

Sim! Teremos continuação! Assim que o material para o livro estiver encaminhado darei início ao Esposa Enlouquecida, que já está registrado :) Conforme as coisas forem caminhando, vocês terão notícias da Noiva Enlouquecida. 

Se você for noiva, ou pensa em um dia casar, só digo uma coisa: vale muito a pena! É um momento inesquecível e especial de uma maneira tão única que é praticamente impossível descrever! Só penso em uma palavra: êxtase!

Bom, desculpem pelo texto cheio de exclamações e espero que possam segurar a curiosidade, mas como recompensa mato um pouquinho dela com algumas fotos para vocês! Até breve! Felicidades!

Um beijo,
Manu

































terça-feira, 15 de outubro de 2013

Um dedo de amor e saudade

Faltam 10 dias e minha ansiedade pelo futuro tem se divido com pensamentos do passado. Dizem que saudade é lembrar com alegria de algo que não podemos reviver no momento. As melhores, ou talvez piores, saudades são daqueles momentos que não poderão se repetir ou ser vividos, principalmente porque as pessoas não poderão estar lá. Tenho sentido nestes últimos dias muitas saudades da minha avó Ieda. Quem convive comigo já deve ter percebido que tenho falado nela mais do que o comum.

De um tempo para cá, carrego sem tirar do dedo o anel que ganhei dela e do meu avô, Francisco, no meu aniversário de 15 anos. O anel que muitas vezes me perguntaram se seria uma aliança, quando eu ainda era solteira. Anel muito parecido com o que uma vez pedi emprestado a ela. Dedos gordinhos, com unhas longas e fortes, sempre feitas e com um belo esmalte, decorados por variadas alianças douradas, adquiridas nos longos anos de casamento. 

- Vó, me empresta esse seu anel, pra eu ver como fica em mim!
Ela tira do dedo médio, me entrega, e eu logo coloco no meu indicador. Em menos de um segundo ela dispara:
- Não, se for pra usar anel de ouro em dedo de anel de bala, me devolve, aqui!
- O que é que tem, Vó?
- Não, não, me devolve, teu dedo é fino tu ainda vai perder a minha aliança!

Não uso nenhum tipo de anel no dedo indicador até hoje! Depois desse fato ela me deu esta aliança, que hoje faz par com a minha aliança com o meu amor, Wagner. Não consigo usar no dedo anelar, porque fica grande e acho que vindo dela é para ser usado no dedo médio, mesmo, porque usar no indicador, jamais!



O sentimento foi apertando quando, na última semana recebi a ligação da irmã da minha avó, tia Idenir, para falar da confirmação para o casamento. Parecia que eu estava conversando com a minha avó ao telefone e não com minha tia. A voz, parecida, me trouxe as melhores lembranças do passado, e por incrível que pareça, lembrança do futuro, do dia do casamento e da ausência dela. Chorei ao encerrar a ligação.

Outro dia meu pai falava ao telefone e eu escutava a conversa. Longa conversa, muito longa mesmo e ele não falava o nome de quem estava do outro lado. Eu pensei em brincar e perguntar para ele quando desligou: - Pai, estava conversando com a vó Ieda? Mas, curiosa como sou, apenas perguntei quem era e ele me respondeu que era a tia Irene, também irmã da minha avó (de quem meu pai é genro). Gelei e ri, que sexto sentido agitado!

Então comecei a pensar e tenho uma vaga lembrança dela fazendo elogios ao Wagner, do tempo em que éramos apenas amigos e nem pensávamos em ficar juntos. Era algo como me dizendo para me aproximar mais dele porque era muito bonito. É, minha avó sabia das coisas... No fundo somos egoístas e ficamos querendo que as pessoas não saiam nunca do nosso lado, mesmo quando o melhor é ir, descansar e realmente ter paz. Há tempos não sonho com ela, e sempre que tem sonho, é especial, é de luz.

Não sei, se como dizem, ela anda por aqui, mas que está nos meus pensamentos, isso sim! No casamento não decidi ainda se usarei este anel, mas usarei um par de brincos de ouro que também ganhei dela. Brinco, que por coincidência (ou não) perdi um dos pares, há dias atrás. Por sorte (ou outra coisa), encontrei o danado no fundo da bolsa, onde felizmente ele caiu. 

Depois de todo esse ouro - anel de 15 anos, aliança de casamento, brinco - acredito que esse material sempre servirá de referência para lembranças da eternidade. Surgiu um sentido para o ditado em que "vão-se os dedos, ficam os aneis". E seguirá comigo sempre em meus dedos e em meu coração.


Um beijo, Manu

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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Noiva precavida

Se a necessidade é a mãe da invenção, a ansiedade é a mãe da precaução. Nada mais lógico para uma noiva enlouquecida do que ter tudo dentro do seu controle, acertado com muito tempo de antecedência. Porém, as circunstâncias da vida me colocaram assim, num momento em que faltam apenas 23 dias e ainda tem uma lista de tarefas para fazer e uma casa nova em que ainda falta bastante coisa. Então, racionalmente paro de falar de lógica e entro nas emoções, afinal elas que estão tomando conta deste momento.

Comecei a ter uma outra preocupação, agora é com o noivo lúcido. Hoje de manhã ele me disse que acha que vai precisar de uma dose reforçada de água de melissa para dormir na véspera do casamento. Se ele vai precisar, imagina eu que já tomo florais, faço massagens relaxantes semanalmente com a Letícia no Espaço Vitalittá e luto diariamente contra a ansiedade? O noivo lúcido começa a dar sinais de que o bicho tá pegando, mesmo! Então eu me desafiei a tentar relaxar o máximo possível para poder aproveitar como mereço este momento.


Quanto a casa, começaremos com o que ganharmos de presente. Felicissimamente muitos amigo e familiares estão ajudando muito, muito, muito e acho que até o casamento faltará pouquíssima coisa, nada que não possamos comprar em 10 vezes sem juros. Sobre a lista de detalhes pendentes, ainda não posso falar muita coisa pois são as surpresas e os detalhes que farão a diferença no dia para os convidados, mas no mais são convites ainda a ser enviados pelos correios, telefones de convidados que não conseguimos, trabalhos artesanais a fazer, etc. E em relação a ansiedade do noivo lúcido, bem, essa é uma outra história...

Apesar de ter alguns momentos de estresse quando converso algo do casamento com os mais próximos, ontem fiquei feliz porque minha mãe disse que eu não tinha sido chata para escolher as coisas. Que eu fui prática e não fiquei incomodando. Gostei porque, na verdade, eu sei que eu sou muito chata e se a minha mãe, que é com quem eu mais tenho liberdade para ser chata, disse que eu fui legal, olha, eu devo estar sendo uma noiva muito legal!

Agora tentei entrar no modo "paciência". Se faltar tecido, paciência, vamos fazer como der. Se vierem mais pessoas do que o confirmado, paciência, vamos colocar água no feijão e puxar umas cadeiras. Se não gostarem do meu vestido, paciência, porque eu amei. Se eu tropeçar na hora de dançar, paciência, levanto e sigo em frente. Se o noivo fugir do altar... bom, eu vou sair correndo atrás dele! Nos precavemos e temos planos B para quase tudo. No mais, estamos nos preparando há mais de um ano e sempre algo vai fugir do controle. Então, paciência! 

E quando falamos em precaução, meu amor e eu sempre cantamos essa música, que considero o hino da precaução, do Bode Japeth, em Deu a Louca na Chapeuzinho, a partir de 1:20.


"Precaver, precaver, se não quer pagar pra ver, cuidado é coisa boa de se ter!"

Enfim, o mais importante de tudo é o momento da cerimônia, em que vamos dizer sim, para Deus nos manter unidos até quando ele desejar. Escolhemos as músicas e os músicos com muito carinho, a leitura, o salmo, e também confiamos na minha madrinha, que vai fazer a liturgia, e no padre que convidamos para celebrar. Ontem ligamos para ele e eu só fiz um pedido: "por favor, Padre, não faça o evangelho da mulher submissa!". Depois de umas gargalhadas aprendi que essa história bíblica é leitura e não evangelho, então problema resolvido. 

Outubro chegou e eu me sinto cada dia mais próxima da realização de um sonho, de um momento tão especial, em que olharei nos olhos do meu imenso e infinito amor e jurarei ficar ao lado dele para sempre! Tranquila, relaxada e precavida!



Um beijo, Manu

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

"Fale agora ou cale-se para sempre!"

Casamento de novela que fica na memória é sempre aquele que tem confusão. Na maioria das vezes quando o padre diz "se alguém tiver algo contra este casamento fale agora ou cale-se para sempre". Nos últimos casamentos que eu fui percebi que a frase não foi dita, afinal os proclames atualmente têm essa função, sendo que um mês antes a sociedade sabe que os pombinhos pretendem se unir

Confesso que isso me alivia, afinal seria terrível uma coisa assim acontecer. Ninguém nunca mais esqueceria o fato típico de festa junina, em que uma mulher entra com 5 filhos, dizendo que é casada com o noivo ou um rapaz rouba a noiva (que estaria casando por conveniência) do altar! Essas histórias hoje não acontecem mais, porque nossa cultura mudou e casa quem quer, quem pode e quem se ama

Esta semana demos entrada no pedido de casamento no cartório. Gostaríamos de fazer o casamento civil junto à cerimônia religiosa mas, devido ao nosso endereço, a jurisdição do cartório não cobre a região da igreja que escolhemos e teríamos que pagar duas vezes para isso. Bom, decidimos pelo mais prático e barato, e colocamos mais um evento na agenda: casamento civil no dia 25 de outubro! 

Agora temos mais uma roupa para escolher, mais um penteado para definir e mais uma contagem regressiva. Faltam 34 e 35 dias para os nossos casamentos. Defini que vou contar os dias só para o religioso porque é mais romântico e especial. Também porque terá a festa e a participação da família. 



O que eu não esperava era sentir a emoção que tive naquele espaço frio do cartório. Uma digital no sensor, uma foto de webcam, várias assinaturas e a decisão de me chamar Emanuelle Querino Alves de Aviz. Ao chegar no carro o Wagner e eu nos beijamos e foi inevitável chorar. Ali ao meu lado o meu grande amigo, meu grande amor, meu futuro marido. Alguém com quem eu nunca imaginei ser possível viver uma história de amor feliz, nem ao menos que iria ter a oportunidade de viver a vida toda ao lado dele.

Em nosso primeiro beijo, de olhos fechados, rodeada por várias pessoas desconhecidas naquela festa no Chalé 4, pensei "eu poderia beijar essa boca para sempre" e a sentença se tornou realidade. No dia 3 (ou 4 como o Wagner prefere, pois já tinha passado da meia noite) de novembro, completaremos 6 anos deste dia inesquecível. Nos 10 anos que nos conhecemos passamos por histórias dignas de se tornar trama de novela. Mas agora chegamos ao começo do final feliz e do felizes para sempre.

Gosto de dizer que já vivemos o nosso "feliz para sempre" pois nossa eternidade é agora e precisamos aproveitar ao máximo cada instante de amor, cada carinho, cada beijo e cada olhar, como se fosse o primeiro. Aquele momento de eternidade se unirá as nossas melhores lembranças, inclusive a desta semana no cartório, em que aprendi que apesar de todas as dificuldades a vida nos surpreende com presentes que Deus nos dá, muito mais perfeitos do que um dia imaginamos. 

Se, em um de nossos casamentos, for perguntado se alguém falará agora ou calará para sempre, tenho certeza que o silêncio vai predominar e a soberania do amor vencer. Mais uma vez. Mas... Sinceramente? Prefiro que a pergunta nem seja feita! 

Quero que o nosso casamento seja inesquecível pela felicidade que todos irão sentir através do nosso amor! Como o mais tradicional capítulo final de novela, em que o último capítulo será apenas o primeiro! 

Foto Elaine Freitas


Um beijo, 
Manu

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Uma noiva para cada tempo

Não queria ser tão preocupada. Dou o comando "relaxar" e ele não é cumprido. Corpo tenso, dentes que rangem durante o sono, que por sua vez não é restaurador, dor de cabeça, cansaço. Comecei a colocar Melissa entre meus chás, para dar uma amenizada na ansiedade. Infelizmente é um problema que não é fácil de resolver. Que me desminta quem sofre também.

Está faltando tempo para praticar uma atividade física, o que também me incomoda. Remédios? Não, obrigada, foi difícil me livrar deles, mas confesso que sinto falta de alguns efeitos. Acho que quem não tem problemas com ansiedade não entende a dimensão da agonia. Não gosto de levar tudo tão a sério, de pensar em todas as possibilidades mais de um milhão de vezes e quando estou livre fico preocupada se não estou esquecendo de nada, ou fico me sentindo culpada pelos males do mundo.

O Wagner, meu noivo, foi um grande passo adiante na minha luta contra a ansiedade. Logo no início do nosso namoro ele piorava minhas dores musculares com massagens de amor. A intenção valia muito, é claro, mas eu ficava mais dolorida e travada do que antes. Com o tempo ele foi aprendendo algumas massagens mais eficientes e hoje é a minha salvação nas emergências de tensão.


Também foi importante e essencial quando entendeu que eu estava tomando remédios e dormia mais que uma preguiça. Não é à toa que o nome deste blog é Noiva Enlouquecida! O noivo lúcido encarou algumas crises nevosas de modo que eu me surpreendi, mesmo sentindo medo e insegurança, assim como eu. Depois foi essencialmente importante na hora de deixar os remédios, pouco a pouco, reduzindo as doses. Neste ponto a luta já não erra contra a ansiedade, mas contra os efeitos colaterais: muita tontura, enjoo e crises. 

Mas um ponto fundamental da minha melhora foram os tratamentos naturais, como auriculoterapia, massagens relaxantes de vários tipos, reiki, florais, terapias medicinais alternativas aplicadas pela minha prima Letícia Querino Alves, no Espaço Vitalittá. Sempre fui muito feliz me oferecendo como cobaia dela, quando começou os estudos e precisava praticar. Hoje, já profissional e repleta de especializações, sou paciente com orgulho. Durante o tempo de tratamento, semanalmente fazíamos os procedimentos e os resultados foram sempre mais do que positivos!

Então, depois de relutar um pouquinho para ocupar o tempo dela, que sempre tem muitos pacientes e não tem muito lucro comigo (risos), meu amor me intimou e eu fui fazer massagem e auriculoterapia. Ainda recebi cromoterapia e massagem com pedras quentes. Que TUDO! Massagem com pedras quentes é uma delícia! A tensão foi embora, o relaxamento tomou conta de mim e me senti leve como há muito tempo não sentia. 

Hoje estou meio lenta, seguindo vagarosamente com o dia. As preocupações estão aqui, mas em segundo plano. O fato é que preciso aprender a separar tempo para cada coisa. Não adianta querer trabalhar demais, afinal todos têm se dedicado tanto, a crise ta aí, eu sei, e preciso me dividir entre todos os meus compromissos e atividades, inclusive eu mesma. Mas há um tempo para tudo e como é difícil aprender essa lição

Agora é tempo de ser noiva, enlouquecida ou não, porque já está quase acabando meu tempo! São apenas 51 dias que separam a noiva da esposa, o nome de solteira para o nome de casada, a mudança da casa compartilhada com meus pais e avô para o nosso cantinho especial. Organizar a festa não tem sido uma tarefa simples, nem fácil, muito menos barata, mas é uma delícia! Ainda mais estando tranquila e com as neuras no seu devido lugar!



Um beijo, Manu!

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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Cinderela enlouquecida


Faltam 67 dias! Há uma semana saí para comprar o sapatinho de cristal. Pai, mãe, noivo e até a tia Nete foram comigo na odisseia. Eu sei que sou um pouco (só um pouco) exagerada mas foi uma luta até encontrar algo especial. Coisa de rodar dois shoppings inteiros em Floripa, lojas de marca e de varejo e ainda duas grandes lojas de calçados e nada me chamava a atenção. Até que enfim, o Wagner olhou uma vitrine e disse: "olha que lindo, amor! Esse tá show!"

Meus olhos brilharam. Chegando na loja caí na real que eu não sou a Cinderela, calço 37 e só tinha 36. "Tudo bem, eu quero provar". Provei e achei que não era alto o suficiente. Chamar o noivo para ver no pé e a decisão da escolha, ou não? Bom, achei que o negócio da surpresa era bobagem, que o sapato não tinha importância na superstição e chamei o Wagner para ver a altura, se eu não ficaria muito baixinha do lado dele. Ok, tudo muito bom, tudo muito bem, comprei o 36 mesmo porque iria ceder. Mas não era aquele que eu sonhei e, pior, me arrependi de ter mostrado para o noivo. Parece que não ficou tão especial...


A semana foi passando e eu fui esquecendo. Sábado fui ao shopping em Tubarão ao meio dia comprar um Subway para levar para casa, para mim e para o meu amor não entrarmos nas nossa roupas de casamento. Eu estava lá e não resisti olhar uma loja de sapatos e... tcharam! Colei os olhos em um modelo perfeito, era o meu sonho em forma de sapato! Liguei pra mãe e ela disse que me dava o sapato, mas eu não poderia provar na hora porque estava de meia de lã por baixo da roupa. Desespero? Ok. Pedi para a moça reservar o sapato e adivinhem? Só 36. Mesmo assim reservei ele e outro modelo por 1 dia e fui pra casa com a promessa que voltaria para provar o sapato no dia seguinte. 

Juntei a trupe novamente (menos a tia Nete) e fomos ver o novo sapatinho de cristal. Chegando lá, vimos o sapato na vitrine, mais outros que também atendiam meus requisitos e falei para a minha mãe para irmos em outra loja, a Laura Valentina, pois os modelos da linha da Laura Porto são mais exclusivos e só tem uma numeração, logo mais especiais por si só. E não é que lá tinha um mais lindo (na minha opinião) ainda? E agora?

Bom, fiquei na dúvida entre dois. Estava quase decidindo quando chamei o pai para opinar. Batido o martelo e confirmado o 37 perfeito no pé, corri para encontrar o Wagner que tinha ficado do lado de fora da loja esperando. Agora ele só vai ver no dia 26 de outubro! Ele reclamou, fez beicinho e disse que também só vou ver a roupa dele no dia (já que o sapato eu ajudei a escolher). Que felicidade!

E quem disse que quem calça 37 não pode ser Cinderela? É difícil encontrar algo que valorize o pé, principalmente o meu que é achatado e cheio de ossos e calos. Quando coloquei o sapato nos pés senti que era aquele, aquele era o meu sapatinho de cristal! Mas como o drama não poderia acabar aqui quando cheguei em casa e fui guardar, o que estava escrito na caixa? Número 38! Quase morri do coração! Toda a novela do sapato passou na minha mente e eu pensei que tudo começaria novamente... Corri e abri para conferir e meu 37 estava lá lindo e perfeito na caixa errada. 

Então eu pensei: 
Príncipe: (x)
Sapatinho de cristal (x)
Ok. Está tudo pronto pra continuar o meu conto de fadas enlouquecido!

Um beijo, 
Manu

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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Noiva introspectiva


Aconteceu tanta coisa nos últimos dias que nem sei por onde começar. O trabalho tem ocupado a minha mente e os preparativos também, me incomodo por não escrever o quanto eu gostaria. Mas vou fazer um post para a compra do sapato, para a escolha das músicas da cerimônia e para a finalização dos convites, mas hoje quero falar de outra coisa.

O Wagner, meu noivo, é natural de Joinville, então para o casamento civil ele precisa da certidão de nascimento original. Há pouco tempo atrás as pessoas precisariam ir até a cidade natal, pagar a taxa e trazer o documento, mas agora eles enviam pelos Correios, felizmente. Ele veio no chat me dar a notícia: "chegando, entramos com o pedido de casamento".

Meu coração parou por um segundo. Faltam 71 dias para o casamento! E pensar que no ano passado quase nos casamos no civil para fazer um financiamento! Comecei a agendar tudo que preciso fazer porque a cabeça não dá mais conta. Tudo anotadinho consigo me organizar e cumprir todos os compromissos, principalmente a separar espaço para as atividades que envolvem o casamento.

Nos últimos dias comecei a pensar que de nada adianta estar tudo perfeito e nosso coração fora de sintonia, nossa cabeça desfocada e nossa alma inquieta. Ver o outro sofrendo e não poder fazer nada assim como sofrer e não poder ser ajudado. Momentos em que só queríamos fechar os olhos e nos enrolar nas cobertas pedindo pra que tudo melhorasse ao amanhecer! O tempo vai passando e tudo vai se resolvendo.

Na verdade são nestes momentos que temos certeza que fomos feitos um para o outro. Os últimos dias não foram fáceis e superados de com um jeitinho que até eu me surpreendi. Estou crescendo e aprendendo com ele a ter atitudes que nunca imaginei que teria, por pura convicção sem causa. Estamos aprendendo a cada dia a  contornar os problemas que surgem por causa da própria preparação para o casamento! E é um desafio atrás do outro...


A cada dia temos mais vontade de ir morar na nossa casa. A levar os presentes que já chegaram para lá e começar a colocar tudo no lugar. De termos portas nas portas, envernizadas e com fechadura, móveis montados, tapetes e as minhas cortinas. Então quando o meu amor falou da entrada no pedido de casamento pensei: "Até que enfim! Está cada vez mais perto de realizar o que começamos a sonhar há mais de um ano!" 

Parei e revi tudo o que já passamos de bom e de ruim nestes 1 ano e quase 6 meses de namoro e noivado. Como é sempre mais fácil resolver os problemas ao lado dele, com as ideias (às vezes ótimas, às vezes nem tanto, mas o que importa é ele estar disposto!) e como a felicidade é imensamente multiplicada ao dividí-la com o Wagner. Já temos uma coleção de momentos tão especiais que, só por eles, viver já valeu a pena. Mas ainda queremos viver e realizar muito mais!

Inclusive casar! Confesso que fiquei muito triste e me arrependi de ter assistido aquela cena da novela das 8 em que a ruivinha morreu no altar. Ou daquela noticia que a noiva soube na porta da igreja que o noivo tinha morrido. O Wagner me garantiu que a gente não vai morrer (risos) mas a gente acaba se colocando nessas situações e ficando com medo de uma mudança inesperada nos planos.

Afinal, como diz a canção "vamos viver tudo o que há pra viver" e nesta fase planos e sonhos se multiplicam a cada dia. "Este ano não vai dar, mas ano que vem vamos fazer tal coisa", nos pegamos repetindo. No final o que importa é que no dia 26 de outubro vamos estar lá no altar, diante de Deus, dizendo sim, para sempre! Bem lúcida!

Beijos,
Manu

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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Centopeia enlouquecida

Faltam 90 dias! Estou alternando entre noites em que não durmo e noites que desfaleço ao colocar a cabeça no travesseiro. Minha preocupação neste momento é encontrar um sapato para o casamento. Não vou dar detalhes, porque o Wagner sempre lê os posts então, né? Surpresa! Mas estou olhando muitas fotos e tentando decidir se uso o branco tradicional ou algo diferente. 

Confesso não estou muito para o lado do sapato branco. Estou bem mais encantada pelas ideias diferentes e como tem coisa linda que combina. Antes, quando eu nem era noiva, sonhava com um sapato branco. Não abriria mão por nada. Mas agora que está na minha vez resolvi que iria abrir a cabeça para as novas opções. Comecei a refletir também que depois um sapato branco não é muito reutilizável. Afinal, se você usar durante o dia vão achar que você saiu de um consultório e não trocou o sapato, ou quem te conhece e sabe que você casou há alguns meses vai dizer: "Ah, a Emanuelle tá usando o sapato branco do casamento". mesmo que seja outro! Não. 

Porém, como eu sou uma noiva enlouquecida, corre o grande risco de eu mudar inteiramente de ideia e usar um lindo sapatinho branco!



Bom outra questão que vejo muitas noivas discutindo é sobre o salto. Eu não abro mão de um belo salto bem alto! Eu vou pra balada de saltão e me aguento a noite inteira, vou para o trabalho de saltão e há pouco tempo que comecei a usar sapatilhas. Tênis só para praticar exercícios, agora que estou usando porque inventaram esse sneakers que tem um salto por dentro. Ora, no meu casamento o que faz sentido? Eu de saltão :)

Tem também a questão da altura. Eu tenho 1,60. O Wagner tem 1,85. Até ele estranha quando eu uso salto baixo, porque ele percebe como eu sou baixinha. Ou seja, um salto 15 é tranquilo e eu ainda fico menor que ele. Mas não sei se usarei essa altura toda, porque as pernas podem ficar bambas na hora e estremecer a estrutura. As pernas são fortes mas as emoções são mais. Cair não, ne? Por favor!

Quero encontrar um sapato de salto com meia pata, que para mim é sinônimo de segurança e conforto. Porém a meia pata não é algo fino ou delicado. Então estou olhando bem, algumas são disfarçadinhas no feitio do sapato. Também não sei se escolho um peep toe (aqueles com furinho para o dedo) ou fechado. Isso acho que vou decidir dependendo do modelo. Há também a opção de uma sandália mais aberta, mas talvez seja mais desconfortável.

Passando para a parte da festa com certeza eu vou estar morta de dor no pé na metade dela. Para isso estou pensando em um outro sapato mas que só vai para os meus pés quando todo mundo já estiver bem feliz, dançando e festando com a luz apagada! E não é sapatilha, é um de salto baixo, porque eu nunca desço do salto!

Como sempre sonhei em me casar, muitas vezes olhei vitrines e pensei: "Quando casar quero usar um sapato assim" e hoje eu nem me lembro que modelos eram os que eu sonhei calçar. Sempre fui meio a irmã da Cinderela, porque minha mãe calça 33, tem um pézinho todo fofo, e os meus feios e quadrados pés nº 37 não entram nos sapatos dela, então nunca peguei nada emprestado. 

Quando fui daminha (você pode conferir esta história aqui) ela comprou um sapato lindo, com strass, de salto fino e eu pedi para ela me emprestar quando eu fosse adulta. Ela respondeu: "Filha eu te empresto, sim, mas se com 6 anos tu já calças 33, acho que quando tu fores adulta não vai mais servir". É a minha primeira lembrança de uma "paixão por sapato" porque na mesma época eu também me apaixonei pelo sapatinho que usei de daminha.


Paixão por sapato é outra história que não cabe aqui, mas minha madrinha, que está no Rio na Jornada Mundial da Juventude, chama minha mãe e eu de centopeias de tantos pares de sapatos que temos. Não importa, para mim, ainda não é o suficiente, mas tudo bem. Neste momento é como se eu realmente fosse uma centopeia enlouquecida com tantas opções de sapato para escolher!

O próximo passo agora é encontrar o sapatinho da nova Cinderela do momento (eu)! Preciso comprar para provar o vestido! Então estamos nos organizando para tirar um dia para isso. E quando comprar conto como foi a loucura! Afinal, o sapato que usarei no tapete vermelho, a caminho altar para o primeiro dia do resto da minha vida, precisa ser tão especial quanto o noivo!

Beijos, 
Manu

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Louca até adormecida




Sempre fui de sonhar. Dormindo e acordada. Talvez mais dormindo do que acordada. Sou aquele tipo de pessoa que tem sonhos sem pé nem cabeça! A pessoa de repente some, e é outra pessoa, outro corpo e outra voz, mas continua sendo a primeira em essência. E ainda, às vezes, uma pessoa se torna quatro, cinco. Ou então eu estou em um lugar e vou me transportando para outro sem sair do lugar. Pesadelos? Os piores! Aqueles de morrer, de afogar, de sufocar, de ficar imóvel, de monstro, de fantasma e solidão.

Os sonhos sempre foram enlouquecidos, mas agora são sonhos de noiva enlouquecida. Que desespero! Tenho tido sonhos frequentes sobre o dia do casamento e é claro que a maioria é um problema a ser resolvido, ou vários. Quem me conhece sabe que tenho e conto meus sonhos loucos com detalhes então vamos lá, compartilhar com vocês do blog também.

No primeiro sonho eu estava acordando e pensando que já era o grande dia e eu não tinha vestido de noiva, nem reservado salão. Daí fui correndo na cabeleireira ver se ela me encaixava. Implorei mas consegui. O sonho não fazia sentido nenhum, porque os lugares eram todos trocados da realidade e eu não tinha resolvido o problema do vestido. Estava muito cabreira com a cabeleireira! 

Depois eu sonhei que estava tudo pronto mas não tínhamos contratado decoração para a festa e para a igreja. Surtei! Neste sonho eu já estava no salão fazendo o cabelo e perguntava para a minha mãe como aquilo poderia ter acontecido. Estressadíssima!

No sonho mais maluco de todos eu tinha saído escondida para ir no morro comprar drogas no dia do casamento! Gente eu não uso nada de drogas! Devo ter visto algum filme ou algo na TV, só pode! Sei que bem nesse dia a polícia estava fazendo blitz e eu fiz um esquema para não ser pega e eu nem tinha comprado nada ainda! Sei que fui parar na praia, a maré subiu e eu fiquei ilhada numa pedra, numa rocha enorme que a onda vinha e batia muito forte em mim. Bom, dois surfistas me salvaram e eu cheguei em casa à noite, toda suja e com frio, mas a tempo de tomar um café antes de ir pro casório. Normal, né?

Bom, nos últimos sonhos eu tenho me visto em vestidos de noiva meio estranhos e sem ter decidido nada sobre a cerimônia religiosa. Vestido com forro alaranjado, ou uma calcinha que marca no vestido, detalhes que de cima do altar eu mandava alguém em casa buscar alguma coisa que estava faltando, que a decoração era horrível, que a comida estava ruim e até sonhei que eu estava entrando na igreja e não sabia que musica iria tocar! Sonhei que me vesti na sacristia da igreja e que também fiquei esperando o noivo chegar, que ele estava atrasado (esse foi quase um pesadelo)!

Acredito que tudo isso acontece por estou muito ansiosa. Já sonhei com presente, passado e futuro, já sonhei coisas que aconteceram e sonhei com pessoas da família que já morreram e vieram conversar comigo (meio que um "dom" herdado da família da minha mãe). Sonho para mim é coisa séria e sempre que encontro uma matéria sobre leio tudinho para tentar entender o que acontece dentro da minha cabeça. Tão sério que se sonho com cachorro, já falo pro meu pai jogar no bixo (não usamos drogas, mas somos contraventores)!

Ou seja, faltam 93 dias e eu sonho cada vez mais com o Grande, mas na maioria das vezes algo dá errado, aliás, quase tudo dá errado. Detalhe é que eu não vi o Wagner ainda nos meus sonhos loucos. Acho que talvez porque ele me ajuda a resolver todos os problemas e está super envolvido na organização. Então, como a mente preocupada fica sonhando com os possíveis problemas, ela tira ele dos sonhos porque se ele estiver lá ele vai resolver tudo! Essa minha cabeça... 

Mas faz sentido, a noiva enlouquecida precisa de um noivo esclarecido. Os sonhos que tenho dormindo estão formando o sonho que vou realizar acordada. Se o Wagner não aparece no sonho como ele vai se realizar? Deixa para realizar acordada!



E você, o que anda sonhando?

Um beijo, 
Manu

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Quando casar sara. Será?

Quando era criança, sempre que algo de menor importância acontecia, um joelho ralado, uma dor do crescimento e que eu, como criança, fazia daquilo um grande acontecimento, ouvia dizer de todo o lado: "Quando casar sara". E vamos crescendo ouvindo essa resposta para aqueles problemas que para os outros são pequenos mas para nós são faraônicos, quando casar sara, quando casar sara, quando casar sara.

Isso nos leva a pensar que o casamento vai resolver todos os nossos problemas, não é? Depois chega a fase em que encalhamos e quando alguém diz, já ironicamente que "quando casar sara", pensamos que coitadas de nós, nunca vamos casar, nunca vamos curar! Ó céus! Ou quando o relacionamento já tem anos e anos e o casamento não sai? E hoje eu estou quase na porta da igreja e lembrei dessa frase que tanto ouvi a vida inteira e já disse também.

Virou tirinha:

A: Droga, machuquei meu dedo
B: Liga não, quando casar sara.
- 30 anos depois...
B: Ô amigo, como é que vai?
A: Ah, tirando a dor no dedo, o resto vai bem.


E até propaganda de curativo:



Comecei a pensar na possibilidade de o casamento, o sacramento na igreja, pudesse ser uma bênção, algo místico que poderia sarar muitas coisas da minha vida. E tentei lembrar que coisas eu gostaria de sarar. E aí eu percebi que eu estou tão preocupada com o casamento que não tem nada para sarar. Ou seja, a vida é nova e tudo aquilo que ficou no passado é só lembrança, memória em sépia guardada em algum lugar. 

Talvez dizer que "quando casar sara" seja uma maneira de nos dizer que o tempo vai passar e curar as feridas, as dores. Que quando chegarmos na vida adulta, os problemas serão outros e nem lembraremos daquele sofrimento. Na verdade o tempo vai deixando o passado para lá e se você não fizer questão de lembrar, esquece. Temos lembranças boas e ruins, momentos memoráveis e eternos e aqueles que gostaríamos que não tivessem acontecido, mas marcaram de uma maneira ruim.

E o problema que vejo nesse ditado, é que muita gente não casa. Por vários motivos, pode ser porque não acredita no casamento, porque é solteiro convicto, por que não encontrou um amor que valha a pena ou porque não deu certo de encontrar alguém que quisesse dividir as escovas dente, ou ainda por gostar da solidão. E quem não casa, tem dores que nunca vão sarar? Claro que não! Cura sim!

E sabe quem cura? O tempo! O tempo que às vezes é nosso inimigo, nosso amigo, nosso tão inseparável tempo. Pedimos para que ele pare, para que passe depressa, queremos dias mais longos ou noites mais curtas, tempo para aproveitar a vida, tempo para ser feliz. Mas no fundo sabemos que não podemos controlar o tempo. Então só nos resta aprender a lidar com ele, afinal agora é a hora de ser feliz. Agora é a hora de sorrir, mesmo que os problemas estejam latejando. "Dê tempo ao tempo" que o cenário muda, a estação passa, o vento sopra e o mundo gira! A vida é movimento!

A vida é feita de perdas e ganhos, lutas e guerras, internas e externas e acredito que nossas maiores dificuldades são aquelas em que precisamos lutar contra nossa própria mente ou nosso próprio coração. E por isso, talvez o "casar sara" seja uma maneira de dizer também "esquece, exitem coisas boas por vir" e eu concordo que preparar o casamento é uma experiência única! Consome os meus pensamentos e sonhos!

Escolher os detalhes, convidar os padrinhos, pensar nas músicas, sonhar dormindo e acordada com o grande dia. Meu amor e eu ficamos conversando sobre tanta coisa que às vezes falta tempo para contar as novidades. São pendências, compromissos e tanto a pensar que casar realmente sarou muitas das minhas preocupações bobas e dissolveu lembranças ruins do passado. O amor preenche todos os espaços da minha vida e só tenho recebido carinho de todos que encontro. Quanto mais amo, mais sou amada e isso pode curar tudo o que podia estar errado antes e que agora, não faz nem mais sentido.

Se alguém tiver um problema e você quiser brincar e dizer "quando casar sara", lembre de dizer que é porque o amor e o tempo juntos podem resolver muitos problemas.

Beijos,
Manu

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sobre colchas e chás




O chá de maçã com canela e laranja descia doce e morninho pela minha língua e eu sabia que o Wagner e a Tia Teresinha (Teca) também sentiam o mesmo. Sentados na mesa, após o convite para ela e o marido, Tio Vilson, serem nossos padrinhos de casamento, conversávamos sobre a vida. Conversa essa que vou lembrar para sempre.

Meu amor também percebeu que quando falamos do convite os olhos dela se encheram de brilho, de lágrima, talvez. Falei que ela era muito importante para mim, devido ela ter sido minha professora da primeira série e pelas tardes que passei na casa dela, alguns anos depois tentando (até hoje em vão) aprender a tabuada, com a Ariadne, minha prima. 

A tia foi falando que nunca deu conta de mim. Que enquanto as crianças faziam a frase "A boneca é bonita" eu escrevia "A boneca é bonita e veste um lindo vestido rosa". E acho que até hoje sou assim. Jornalismo pede habilidades de resumo e eu preciso treinar bastante. Ela falou que leu o blog, afinal é sogra da nossa fotógrafa a Elaine Freitas, que está sempre por aqui e adorou o texto que fiz falando sobre a tia Arlete, sem se surpreender com o fato de até hoje eu escrever. Sempre escrevo coisa de mais, mas porque para mim, detalhes são muito importantes. 

Detalhe de como se faz o chá de maçã, por exemplo, colocando a maçã para ferver, junto com suco de laranja e canela em pau. Sem açúcar, todos bebemos aquele chazinho no frio da noite, falando sobre colchas de retalho e computadores, sobre como o mundo muda e a nossa vida muda de acordo com o mundo. E o que seria o mundo se não uma imensa colcha de retalhos? Eu sou um pedaço, você é outro e juntos, diferentes vamos levando, montando o que no mundo há. Mas um retalho se junta ao outro, sempre, por uma linha de uma mesma cor: o amor.

Aprendi naquela noite, como fazer o feijão não inchar, deixando-o de molho da noite para o dia. Ou então a cozinhar o ovo aberto em água na frigideira, como uma alternativa a minha dificuldade de comer um delicioso ovo frito. Conversamos sobre como a vida passa rápido e as coisas mudam. As pessoas vêm e vão, as vozes ecoam e emudecem. E a casa fica. O lar fica. O amor fica. A saudade fica.

E aprendemos também que leite azedo se joga fora, pois quanto mais leite mais queijo. Na verdade o leite azedo são as brigas, e quando há desarmonia, temos que esquecer, porque quanto mais mágoa, menos perdão. Que o casal, por mais que o tempo passe, precisa se ajudar, porque a maior parte da vida é trabalho e suor. É correria com filhos e preocupação com o futuro, mas depois a recompensa vem. A tranquilidade vem. A experiência vem. 

Passamos mais tempo do que o planejado, mas a conversa estava boa, amena, sincera, franca. Falar da realidade, do passado, de tantas coisas que vivi, me inspirou a escrever cada vez mais. É escrevendo que me sinto bem. Lendo. Mais do que falando, mais do que dançando ou cantando. Escrever sempre me mostrou caminhos, acalmou meu coração. Escrever me deu muitas vezes papel para secar as lágrimas. Escrever sempre me fez pensar. Hoje, não metaforicamente, hoje de "no dia de hoje", senti que poderia e precisava escrever mais. Afinal, sempre foi isto que fiz. Sempre foi isto que fui. Sempre fui isto que sou.




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Um beijo,
Manu