quinta-feira, 2 de maio de 2013

O vestido: um voo para dentro de mim



Às vezes me surpreendo sobre como eu desconheço certas partes da minha personalidade. Isso ficou claríssimo quando fui escolher meu vestido de noiva. Observando minha vida, meu passado, minhas escolhas e dramas, imaginei que nem de perto seria algo breve e objetivo. Assisti uma centena de episódios de O Vestido Ideal, li revistas, escavuquei toda a Internet em busca de modelos, dicas, orientações, tendências, gafes, estilos e o universo!

Com tanta opção o dilema foi grande! Como vi na TV muitas noivas insuportavelmente exigentes que terminavam muitas vezes infelizes e frustradas decidi que eu não seria igual a elas. Saí de casa com a mente aberta e deixando meu perfeccionismo na gaveta. Livre, leve e solta, entrei na primeira loja e me apavorei com os vestidos amarelos e demodês. Até que vestiram bem (o que foi um grande alívio) mas eram muito feios. Minha mãe, Mariléia, e minha dama de honra, Maria Eduarda, a Madu, concordavam em gênero, número e grau, aquela loja não dava!

Meu noivo, que foi junto, mas não entrou obviamente (!) tinha saído com meu pai de carro e fomos andando e encontramos outra loja, que eles tinham visto e nos indicado. Ao entrar já me senti importante, sala fechada na chave, atendimento especial, parecia os programas de TV. A atendente do Center Noivas, a Elisângela, foi muito atenciosa e querida, o que me deixou muito confortável. O que ajudou bastante para eu manter meu espírito aberto às opções e também não discutir com a minha mãe, o que estragaria o dia tão especial.

Ali a situação era diferente, vestidos lindos, novos, branquinhos e esperando por mim! Confesso que emagrecer neste período pré wedding me fez um bem danado e evitou aquelas frustrações de não caber nos vestidos. Felizmente, todos os oito que provei serviram e ficaram lindos, então a decisão seria uma questão de gosto e estilo. Depois de quase uma hora colocando e tirando vestidos eu já estava num suador danado! Quanta anágua! Quanto tule! Quanto pano!

Um detalhe especial que me ajudou muito foi a luz amarela, especial para vermos o efeito que o vestido teria à noite. Que deslumbre! Quando me vi no espelho de vestido e véu não me reconheci. Nem nos meus sonhos me  vi tão deslumbrante. Mas tenho certeza que esse sentimento era mais pela realização do que pela beleza do vestido em si! Minha mãe e eu concordamos (o que é raro, obrigada, Senhor!) que aquele vestido era o meu estilo, o meu jeito. 

Nunca pensei que me ver como uma noiva me faria tão bem. A autoestima subiu, me senti bem, feliz, leve por não ter passado um enorme drama para escolher o vestido. Uma vez li uma frase que dizia que quanto mais malas a pessoa carrega, mais pesada é sua alma e eu era a materialização dessa pessoa. Desde então, me cuido neste sentido de desapego, de me importar só com aquilo que deixa meu espírito feliz e deixar de lado o supérfluo.

A experiência de me abrir para o novo, de experimentar, transformaram uma situação potencialmente estressante em um momento inesquecível! Sem estresse, sem cobranças, sem exigências, simplesmente livre! E assim será meu vestido de noiva, vou subir ao altar para jurar eterno amor, com minha alma leve, mas carregada de amor.

E você como está lidando com a escolha do vestido ou como escolheu o seu?
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Beijos,
Manu

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